Funcionalismo de Guarujá insiste no abono de R$ 200

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Assembleia desta terça-feira criticou prefeitura e propôs continuidade da luta contra o percentual de 1,9%

Em longa e tumultuada assembleia, na noite desta terça-feira (13), o sindicato dos servidores municipais de Guarujá (Sindserv) recusou, mais uma vez, a incorporação de 1,9% aos salários.

A categoria não deu aval à câmara de vereadores para aprovar projeto de lei da prefeita Maria Antonieta de Brito (PMDB) que incorpora a porcentagem à folha de pagamento.

O projeto está no legislativo desde agosto e o sindicato tenta negociar com a prefeitura a transformação do percentual em valor fixo de R$ 200, conforme reivindica o funcionalismo.

À tarde, antes da assembleia, que começou às 19 horas e terminou às 20h30, a diretoria do Sindserv, junto com a do sindicato dos professores (Siproem), reuniu-se com a prefeita.

Essa reunião também foi longa, das 16h30 às 18h20, período em que Antonieta detalhou, inclusive com slides, as dificuldades financeiras para atender a reivindicação.

A prefeita chegou a dizer que, quanto mais demora a aprovação do projeto de lei pelos vereadores, que esperam a anuência do Sindserv, mais se torna difícil o pagamento do benefício retroativo a agosto.

Crise

Antonieta classificou de gravíssima a situação financeira da administração, causada, segundo ela, pela crise econômica internacional e pagamento de precatórios pela prefeitura.

Ela explicou aos sindicalistas, entre eles as presidentas do Sindserv e do Siproem, Márcia Rute Daniel Augusto e Joanice Santos, ser impossível a transformação do percentual em valor fixo.

Márcia ponderou que o retroativo já está acumulado em 5,7% e Joanice confirmou que o jurídico do Siproem requereu judicialmente que a prefeitura pague imediatamente o benefício.

Os dois sindicatos têm opiniões diferentes sobre o abono e os vereadores só se decidirão quando houver concordância pelas duas entidades.

As seguidas assembleias do Sindserv que propõem a manutenção do valor fixo de R$ 200 argumentam que o percentual prejudicaria as funções de menor ganho.

A diretoria do sindicato considera que a aceitação do percentual não colocaria o funcionalismo em risco de ficar sem o abono por muito tempo, mas respeita a decisão das assembleias.

Manifestação

O abono de R$ 200 foi conquistado na campanha salarial de 2014 e pago aos 4.300 servidores e 1.700 professores por um ano, de agosto a julho de 2015, até ser transformado em percentual linear pela prefeitura.

Na assembleia desta terça-feira, os servidores propuseram manifestações, paralisações e até greve por tempo indeterminado pelo atendimento da reivindicação.

Alguns oradores criticaram a prefeita por manter centenas de cargos comissionados e ainda por cima agraciá-los com abono de R$ 180, que só seriam revogados com a aprovação do projeto de lei em questão.

Ao final da assembleia, foi aprovado o envio de ofício à prefeitura, pelo sindicato, insistindo nos R$ 200, destacando as críticas da assembleia e as propostas de luta anotadas.

Sindicato dos Funcionários Públicos da Prefeitura Municipal de Guarujá (Sindserv).

Rua Manoel Hipólito do Rego, 84, Boa Esperança, Guarujá, (13) 3383-1014 e 3383-1122. www.sindservguaruja.org.br sindiguaruja@hotmail.com

Presidenta: Márcia Rute Daniel Augusto. Secretário e diretor de imprensa: Edler Antônio da Silva. Tesoureiro: Zoel Garcia Siqueira.

Redação e foto: Paulo Passos MTb 12.646-SP, matrícula sindical SJSP 7588, fone 13-99700-5120. Colaborou: Marina Cavalcante MTb 33.645, fone 13-99787-8470.