Assembleia decide em favor da negociação

Servidores que participaram da assembleia virtual realizada na segunda feira (19) deliberaram em favor das propostas do executivo, para a campanha salarial deste ano, iniciada em fevereiro. O presidente Zoel abriu a reunião dando voz ao setor jurídico do Sindicato, que por meio do advogado Claudio relatou a boa notícia de que o Sindserv ingressou com ação direta de inconstitucionalidade, contra a Lei Federal 173, que regulamenta o congelamento dos salários dos servidores públicos, de todas as esferas, até janeiro de 2022. No decorrer da assembleia foram enumerados os argumentos da administração que não contemplam a maioria das reivindicações dos servidores. O esperado reajuste salarial ficou prejudicado com a medida governamental, que engessou os prefeitos e governadores de todos os municípios e estados brasileiros, no que diz respeito a concessão de aumento salarial.Por fim, o presidente manteve a assembleia em aberto, para permitir uma nova rodada de negociações ao final do segundo trimestre do ano, quando o executivo deverá conceder ao menos a reposição da inflação, acumulada dos 12 meses do ano passado, de forma linear a todos os servidores municipais.

O que ficou decidido

De imediato, o auxílio alimentação recebe 4,52% de reajuste, de acordo com o IPCA (Índice de Preços ao Consumidor Amplo), passando de R$ 710,00 para R$ 742,00. A subvenção dos planos de saúde e odontológico também receberá o reajuste indicado pela Agência Nacional de Saúde, de 8,14%, atualizando o valor da subvenção de R$ 130,00 para R$ 141,00.Já tramita na câmara municipal alteração do valor do valor de referência para o reajuste do adicional de insalubridade, para R$ 1.100,00.O acordo coletivo prevê também a reuniões temáticas e setoriais, para discussão e atendimento das reivindicações de cada categoria, tal como a jornada de trabalho de7h12, por exemplo.

Sindicalismo atuante

Zoel ressaltou a importância do combate a reforma administrativa do governo federal salientando que os servidores públicos do país inteiro vão perder, caso seja aprovado o texto atual da reforma. “A PEC 32 é um caos para nós servidores. Nós, sindicalistas, estamos pressionando o congresso para que não haja votação desta emenda constitucional, neste ano”, salienta Zoel . “A legislação federal congela qualquer perspectiva de futuro para os servidores”, conclui.