Campanha salarial: servidor define reajuste de 5%

Servidor municipal tem correção salarial de 5%

IV

Na foto, aprovação do acordo coletivo, em assembleia na noite de terça-feira (2)

Os funcionários públicos municipais de Guarujá terão correção salarial de 5%. A primeira parcela, de 4%, será aplicada na data-base de abril. A segunda, de 1%, em junho. A proposta da prefeitura foi aprovada em assembleia na noite desta terça-feira (2), na sede do sindicato Sindserv. A categoria reivindicava 3,83% e a inflação anual pelo ‘ipca’ foi de 3,75%. Em negociação na quarta-feira da semana passada (27), a prefeitura disse que atenderia a reivindicação da assembleia de 3,83%. Mas os sindicalistas solicitaram novos estudos e majoração do percentual. Com isso, a administração chegou aos 4%, conforme ofício endereçado ao sindicato na manhã desta terça-feira (2), para apreciação da assembleia, atendendo o pleito da semana passada. O acordo prevê ainda correção de mais 1% em julho de 2020, independente das negociações da data-base do próximo ano. E aumento do auxílio alimentação, agora, de R$ 650 para R$ 680. Para o presidente do sindicato, Zoel Garcia Siqueira, que está em seu primeiro mandato no cargo, a campanha salarial “foi positiva. Avançamos onde foi possível, graças à mobilização da categoria”. “Várias reivindicações foram atendidas”, pondera o sindicalista. “Outras estão em estudo. Para algumas, foram criadas comissões. E houve itens rejeitados, como em todo movimento”. Para Zoel, “o importante é que as negociações prosseguem até a próxima data-base. Não apenas sobre reivindicações da pauta, mas a respeito de outros pontos que apresentamos ou apresentaremos”. O sindicalista se refere a reivindicações que a diretoria do sindicato tem levantado em suas visitas semanais aos locais de trabalho. “São centenas de problemas e muitos serão resolvidos”. Manutenção do acordo anterior Outro ponto importante da proposta aprovada na assembleia, segundo o presidente do Sindserv, é a manutenção de todos os direitos previstos no acordo assinado em 2018. “Num momento crucial do sindicalismo brasileiro, em que a nova lei trabalhista permite a revogação de direitos individuas e coletivos, mantivemos os nossos intactos”, destaca Zoel. O acordo fixa ainda o valor do adicional de insalubridade em 10%, 20% ou 40%, conforme o local de execução do serviço, sobre o salário mínimo de R$ 998. Mais: aumento de R$ 160 para R$ 180 do auxílio para aquisição e manutenção de uniforme. E de R$ 524 para R$ 580 da gratificação de desenvolvimento e estímulo acadêmico (gdea) às pajens. A subvenção ao plano de saúde passou de R$ 110 para R$ 120. E continuará a negociação para alteração do conceito de avaliação de desempenho e progressão funcional de níveis por qualificação. A licença para o servidor frequentar cursos de capacitação será deliberada, conforme a legislação, quando for a bem do serviço público. E os exames médicos periódicos começarão em junho. Pelo acordo, a prefeitura se compromete a ‘viabilizar o quanto antes’ o horário, na parte da manhã, para entrega de atestados no setor de medicina do trabalho, que já vem ocorrendo em muitos casos. A pauta completa de reivindicações dos servidores e a resposta integral da prefeitura estão disponíveis no site e nas redes sociais do sindicato.